sexta-feira, 16 de maio de 2008

?sentis-te


..No barco, sem ninguem, anonimo e vazio, ficámos nós os dois, parados de mão dada, como podem só dois governar um navio ? Aparentes senhores de um barco abandonado nós olhamos sem ver a longínqua miragem ... Aonde iremos ter ? Com frutos e pecados se justifica, enflora a secreta viagem ! Agora sei que és tu quem me fora indicado o resto passa, passa ... alheio aos meus sentidos. Desfeitos num rochedo ou salvos na enseada a eternidade é nossa. Não há vida nem morte, mas um conjunto de sonho, futuro, presente, passado, angustia de mesmo sem começar , tudo ter terminado há muito. Não tenho escala marcada nem hora de chegada, é por isso que a tempestade da vida me apanhou em alto mar e agora queira ou não queira, cara alegre e braço forte, estou no meu posto a lutar. Se for ao fundo, acabou-se , estas coisas acontecem aos vagabundos do mar. Uma poeira fina de estrelas cobriu confidencias , mundos de silencio . o ritual de delírio dos dedos e o desejo ardente de não ser mais do que uma. a noite estava escura e fechada á beira mar mas o beijo dos dois no tempo esquecido transformou a noite. Escuta. Compara. Não vês a diferença ?